14 de julho de 2009


POLÍCIA COMBATE CRIMES FLUVIAIS NO MARAJÓ

A Polícia Civil apresentou nesta segunda-feira, dia 13, os resultados da Operação “Tajapuru II”, realizada na Ilha do Marajó, sob coordenação da Delegacia de Crimes Fluviais, unidade vinculada à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO). A ação policial abrangeu os municípios de Breves, Melgaço, Bagre, Curralinho e Muaná. Ao todo, cerca de 12 mil litros de combustível, que eram comercializados irregularmente na região, foram apreendidos. Os produtos, encontrados dentro de tambores, tem valor estimado em R$ 40 mil. As mercadorias vendidas são óleo diesel, gasolina, óleo lubrificante, biodiesel e bujões de gás de cozinha. No total, 21 aparelhos de radiocomunicação usados sem autorização da ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) pelos donos de portos às margens de rios também foram recolhidos. Doze pessoas foram indiciadas por venda clandestina de gás e uso irregular dos equipamentos. As ações contaram com apoio da equipe da Superintendência Regional das Ilhas, em Breves, sob coordenação do delegado André Costa.

Três embarcações, de pequeno e médio porte, utilizadas em ações de assaltantes que agem nos rios da região chamados “piratas”, foram apreendidas. Iniciada em 29 de junho, a operação durou 15 dias. O objetivo, segundo explicou o delegado Aurélio Paiva, titular da Delegacia de Crimes Fluviais, foi o combate aos assaltos na região ribeirinha, e a prevenção dos roubos e furtos de produtos transportados por embarcações, como balsas e barcos. A ação policial faz parte das operações sistemáticas realizadas pela equipe policial em todo Estado. Em menos de um mês, os policiais da DeFlu fizeram duas operações no Marajó. As operações visam a repressão a outros crimes relacionados aos assaltos nos rios, como a prostituição infantil, receptação de roubos, venda ilegal de combustíveis, entre outros. No mês passado, a equipe da Deflu, juntamente com policiais civis da Divisão de Atendimento ao Adolescente (DATA), efetuaram a operação “Cadê Seu Filho?”, no Marajó, para prevenir e combater a exploração sexual infantil.

A operação “Tajapuru José Cláudio Araújo DiasII” contou com 14 policiais civis, que empregaram três embarcações, duas delas Aparelhos de radiocomunicação apreendidoslanchas, além do navio Asa Branca, da Polícia Civil. Dos locais visitados na região, durante os 15 dias, foi na área do estreito de Breves, onde aconteceu a maior parte das apreensões de combustíveis. Os produtos foram encontrados em portos clandestinos situados na região ribeirinha. Os locais são usados como postos de venda de combustível. Nove bujões de gás, que eram estocados e vendidos nos locais, sem autorização da ANP (Agência Nacional do Petróleo) e sem qualquer segurança, foram conduzidos à sede da DRCO.

O delegado explica que, na região, os óleo diesel é usado como moeda de troca pelos ribeirinhos. Ele ressalta que está investigando se pessoas ligadas às empresas transportadoras de cargas são coniventes com a venda de informações sobre as firmas e desvio de mercadorias. Quanto aos aparelhos de radiocomunicação, o delegado Aurélio Paiva detalha que os equipamentos funcionam, muitas vezes, como rede de informações clandestinas, ou seja, são usados em portos de forma ilegal para, por exemplo, alertar criminosos sobre a presença de policiais na região. Dentre as doze pessoas indiciadas, três ficaram presas por pirataria fluvial. Um deles, José Cláudio Araújo Dias, conhecido por “Zé Cláudio”, é apontado como um dos principais de embarcações nos rios do Pará. Duas pessoas, de nomes Benedita Rodrigues Pena, 30 anos, de Melgaço, e Eraldo Vilhena da Costa, 33, de Breves, foram indiciadas por venda clandestina de gás de cozinha. Outras duas foram enquadradas em TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) por uso irregular de radiocomunicadores. As operações de combate aos crimes fluviais na região prosseguem. (Da redação com informações da Polícia Civil)

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