30 de janeiro de 2011


PRÉDIO DE 32 ANDARES DESABA EM BELÉM (PA)
Depois de horas de trabalho intenso, ainda não foi possível encontrar mais soterrados no desabamento do edifício Real Class, que estava em construção, no centro de Belém (PA). Sete pessoas são consideradas desaparecidas, quatro delas operários. Até o momento, duas foram resgatadas com vida em uma casa vizinha ao prédio.
Cerca de 120 Bombeiros estão no local tentando resgatar vítimas.  O trabalho é considerado difícil por causa da quantidade de entulho gerado pela queda do edifício, que tinha 30 andares, semi-acabados.
Segundo o subcomandante do Corpo de Bombeiros, coronel Mário Wanzeler, as informações sobre as pessoas que estariam sob os escombros foram repassadas pela Real Engenharia e por familiares de desaparecidos.

Manoel Raimundo Paixão, José Paulo Barros, Isaías Marques Mafra e Luiz Nazareno Lopes são os operários que estariam trabalhando no edifício, na hora do desabamento.
Maria Raimunda Fonseca Santos, de 67 anos, morava na casa ao lado da construção e, segundo os filhos, estava no quarto na hora em que o prédio caiu. Um rapaz que trabalha na casa e também estava lá e conseguiu se salvar.

Já André Vila Bela, de 46 anos, foi incluído na lista de desaparecidos porque sua filha, Audilene Vila Bela, disse que ele estava fazendo vistorias em imóveis localizados ao lado do prédio que caiu.
Segundo Audilene, a família não conseguiu mais falar com o técnico em eletrônica desde a hora do desabamento. Sem saber o paradeiro do pai, ela ficou no local à procura de informações.
No quadro de desaparecidos consta ainda uma enfermeira de prenome Marluci. Os Bombeiros trabalham com a informação de que ela estaria passando pelo local no momento do desabamento.
Segundo o coronel Wanzeler, a busca de pessoas com vida é feita com a ajuda de cães farejadores. Os pontos indicados pelos animais como prováveis locais onde estão vítimas são priorizados.
O coronel disse que, nesse momento, o trabalho está totalmente voltado à busca de vítimas. A perícia necessária para apontar as possíveis causas só começará no início da manhã deste domingo, quando peritos farão análises do local.

Segundo o coronel, a forma como o prédio caiu, totalmente na vertical, denota que o problema ocorreu na base do imóvel. E também leva a crer que houve um afundamento do solo de cerca de três andares.