5 de março de 2009

MULHERES SÃO PRESAS EM FLAGRANTE APÓS FURTO EM LOJA
Idris dos Santos Rodrigues 19 anos e Kamilla Suelly Cutrim Holandra também de 19 anos foram presas na tarde de ontem após terem furtado 16 peças de roupas da loja Atacadão Paulista localizado no centro da capital, as duas ladras foram entregues na central de flagrantes do Pacoval e enquadradas pelo Art. 155 do Código Penal Brasileiro.
ATROPELAMENTO
Edson Luiz Pereira 34 anos foi atropelado por um caminhão de placa CPR- 6094, que era dirigido por Janil Gomes dos Santos, a vítima sofreu vária lesões pelo corpo e foi conduzido até o PSM onde recebeu atendimento médico e foi liberado.
POLÍCIA FEDERAL CUMPRE MANDADO DE PRISÃO NO AMAPÁ
Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal do Amapá e tem como fundamentação diversos ilícitos penais cometidos pelo empresário Carlos Humberto Pereira Montenegro. As acusações que pesam sobre o empresário são: formação de quadrilha, peculato, apropriação indébita previdenciária, lavagem de dinheiro, crime contra à ordem tributária, falsidade ideológica e falsificação de documento público. Carlos Montenegro é tratado pela Polícia Federal como chefe maior da quadrilha que atuava no estado.A Federal cumpre também mandado de seqüestro de bens, em desfavor de Montenegro. A relação dos bens com determinação de seqüestro pela Justiça Federal inclui “fazendas, três apartamentos no Ceará, galpões, hotel ecológico, carros e imóveis”, Carlos Montenegro foi preso em Brasília na tarde da última terça-feira. Além dele foram presos na manhã de ontem em Macapá os empresários Rogério Vinhas e José Augusto Botelho, o policial civil Aluisio Júnior, Adílio Barros de Sá Cavalcante o servidor público Ubiratan Vale, Caio Montenegro, filho do empresário, e a secretária dele, Lourenza Keila. De todos os detidos, José Augusto Botelho, Ubiratan Vale, Adílio Barros de Sá Cavalcante, Lorenza Keila e Rogério Vinhas já estão na Penitenciária.

DOIS MORTOS EM TRAGÉDIA FAMILIAR EM BELÉM
Um crime ocorrido no interior de uma residência no bairro do Umarizal choca moradores do local e intriga a Polícia. A professora universitária Maria de Fátima Oliveira Martins, 57 anos, e o marido dela, o contador Eugênio Leite Bezerra, 46 anos, foram encontrados mortos no início da manhã de ontem na casa onde moravam. O imóvel está localizado na alameda Dona Clara, na rua Diogo Móia. O crime chama a atenção da Polícia, porque o corpo da mulher, que apresentava perfurações feitas a tesoura no pescoço e nas costas e uma violenta pancada na cabeça, foi encontrado junto com o corpo do marido, durante um princípio de incêndio no quarto do casal.
Os corpos foram encontrados por volta das 6 horas, quando a vizinhança estranhou a fumaça e o cheiro de queimado que saíam de uma das janelas da residência. Temendo um incêndio, os moradores bateram na porta da casa e chamaram o casal. Como não tiveram resposta, invadiram a residência. 'Quando entramos, a casa já estava cheia de fumaça e os corpos jogados no chão. A dona Fátima estava ao lado da cama, perto da porta, e o marido dela estava caído próximo ao corredor. Foi uma cena muito chocante, pois convivíamos diariamente com eles, que eram bons vizinhos', diz um morador do local, que preferiu não se identificar. Segundo ele, os próprios moradores ajudaram a apagar o fogo na residência. 'As chamas já tinham destruído a cama do casal. Então, pegamos uma mangueira e jogamos água para dentro da casa', diz o mesmo morador.
A Polícia acredita se tratar de um homicídio seguido de suicídio, já que o corpo do homem não apresentava nenhuma marca de perfuração e nem sinais de violência. 'Provavelmente o marido assassinou a esposa e se suicidou em seguida ingerindo algum medicamento, pois encontramos no local caixas de remédios e alguns comprimidos mexidos. Ele deve ter matado a esposa, depois ateou fogo no colchão para provocar o incêndio e no final tirou a própria vida', raciocina o delegado Costa Neto, que está comandando as investigações do caso.
No local do crime a Polícia encontrou uma tesoura e um halter - peso de ferro usado em exercícios físicos - que foram utilizados no assassinato da mulher. 'Não temos dúvidas que ele bateu com o halter na cabeça dela e furou profundamente o pescoço e as costas (da vítima) com a tesoura, pois esses objetos estavam ao lado do corpo dela. Apesar das evidências, vamos aguardar os laudos dos peritos e continuar as investigações para descobrir o motivo que levou o marido a cometer o crime', explica o delegado.
Os corpos do casal foram removidos por volta das 8h30 e encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), onde seriam necropsiados. O resultado do laudo dos corpos das vítimas sai em 10 dias. Familiares do casal que estiveram no local não quiseram falar com a imprensa. Maria de Fátima Oliveira Martins era professora do curso de administração da Universiddae da Amazônia (Unama). Tinha especialização em Administração Financeira pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e mestra em Contabilidade e Controladoria pela Universidade de São Paulo (USP). O crime está registrado na Seccional do Comércio.
VELÓRIO
Alunos, colegas de trabalho e familiares acompanharam, surpresos e inconformados, o velório da professora Maria de Fátima Oliveira Martins, da Universidade da Amazônia (Unama), na tarde de ontem, na capela mortuária Max Domini, em São Brás. Ela foi brutalmente assassinada pelo companheiro, que se suicidou logo após tentar incendiar a residência do casal, no bairro do Umarizal.
A notícia do assassinato da professora causou impacto entre os estudantes dos cursos de Administração e Ciências Contábeis, que foram ao velório prestar uma última homenagem. Há mais de dez anos exercendo a docência, Maria de Fátima Martins era contadora formada pela Universidade Federal do Pará (UFPA).
Na Unama, a professora dava aulas das disciplinas Teoria Contábil, para o curso de Ciências Contábeis, e Análise das Demonstrações Financeiras e Contabilidade Geral, para o curso de Administração, segundo a homepage destinada aos docentes no portal Unama. Ela também atuava no programa de Pós-graduação da universidade.
Colegas de trabalho descreveram a professora como uma pessoa querida, boa, de fácil convivência, presente e de grande responsabilidade. O filho de Maria de Fátima Martins, muito abatido com o assassinato da mãe, não permitiu o acesso da imprensa ao velório e nem quis falar sobre a morte.
Mortes abalam moradores da pacata alameda localizada em bairro nobre
A morte do casal mudou a rotina, ontem, na pacata alameda Dona Clara, área nobre do bairro do Umarizal. Moradores do local foram surpreendidos com a tragédia na casa de número 28. 'Não moro na alameda, mas conhecia o casal das caminhadas. Ele costumava passar caminhando na Diogo Móia pela manhã. Fiquei muita abalada quando descobri que estavam mortos', disse Jandira Cardoso, que reside próximo à alameda Dona Clara.
Segundo os vizinhos do casal, Maria de Fátima e Eugênio viviam aparentemente bem, já que nunca foi ouvida nenhuma briga entre o casal. 'As casas são coladas uma nas outras e se brigassem daria para ouvir. Nunca presenciamos nenhum desentendimento entre eles, que moravam sozinhos e demonstravam tranquilidade.
Ontem à noite eles chegaram de carro por volta das 22 horas e depois não foram mais vistos', diz um morador do local, que revela as brincadeiras que costumava fazer com Eugênio. 'Falei que ele precisava caminhar para perder a barriguinha e ele sorriu, pois sempre brincava dizendo que iria largar a bebida e perder a barriga. Não demonstrava nenhum tipo de desequilíbrio e era um bom vizinho', completa o morador. O casal residia há quase 10 anos no local.
A morte também consternou alunos da professora e colegas de trabalho da Unama e da comunidade acadêmica. Um professor da Unama disse ontem a noite que a universidade decretou luto oficial de um dia pela morte da docente, uma pessoa bastante querida na instituição.
PREMEDITAÇÃO
No imóvel, alguns indícios davam conta que Eugênio tenha premeditado o crime, já que no local foi encontrado o livro 'A Morte não é o Fim', psicografado por um espírito mediúnico que falava sobre morte e reencarnação, além de uma Bíblia aberta no livro de Jeremias: 'Os teus amantes desprezam-te, querem tirar-te a vida. Ouço gritos como os de mulher ao dar à luz, gritos de angústia como os do primeiro parto. São os clamores da filha de Sião, que geme e ergue as mãos: 'Ai, ai de mim! A minha alma desfalece diante dos assassinos'.
Em cima da mesa da cozinha, caixas e cartelas de remédios controlados dividiam espaço com uma garrafa de bebida consumida pela metade. Entre os medicamentos encontrados na casa estava o Donaren, que é indicado como antidepressivo para depressões de longa ou curta duração. Pode também auxiliar como indutor do sono e tranquilizante.
De acordo com o delegado Costa Neto, provavelmente a morte de Eugênio tenha sido causada ao ingerir medicamentos. 'Vamos aguardar os laudos da perícia, pois acredito que ele tirou a própria vida ingerindo os comprimidos, já que no local encontramos cartelas de remédio mexidas. Tudo leva a crer que ele premeditou o crime, até mesmo o livro que estava lendo falava de morte', raciocina o delegado.