11 de janeiro de 2011

MISTÉRIO NA MORTE DO 7º MEMBRO DA MESMA FAMÍLIA
A Polícia Civil vai ter muito trabalho para elucidar mais um crime, cuja vítima é uma família no bairro da Pedreira que, segundo informações, já perdeu sete membros nos últimos três anos, todos assassinados em circunstâncias misteriosas. Uma das vítimas foi queimada viva durante um incêndio no final do ano passado.
Desta vez, a vítima foi Raimundo Juracy Melo da Silva, 28 anos, que acabou executado com uma saraivada de tiros na esquina da rua Visconde de Inhaúma com a travessa da Angustura, bairro da Pedreira, no momento em que tomava uma cerveja em um trailer.
As escassas informações foram conseguidas pelos investigadores da Divisão de Homicídios que estiveram no local e conversaram com familiares e amigos que estavam revoltados com a morte de Raimundo Juracy, que seria o segundo morto em 60 dias.
Muito embora no local funcionasse um trailer com venda de bebidas e bem próximo há venda de “churrasquinho”, quando a Polícia Militar, com a viatura 9159 do cabo J. Monteiro, deslocou-se para o local nenhum estabelecimento estava funcionando e assim ficou difícil colher dados que pudessem identificar os criminosos.
Segundo um dos familiares, a vítima estava sentada de costas para a rua Visconde de Inhaúma quando foi surpreendida por trás pelo assassino, que veio na garupa de uma motocicleta, aproximou-se, gritou para as pessoas se afastarem e disparou pelo menos cinco vezes contra a vítima.
Em seguida, familiares chegaram desesperados ao local tentando identificar pistas que levassem até o assassino e prometem colaborar com a Polícia Civil para que a investigação consiga elucidar o caso.
Ano passado, no mês de novembro, o tio da vítima, conhecido como Cabo Ferrugem, da Polícia Militar, foi executado a tiros em circunstâncias misteriosas e no mês passado uma irmã de Raimundo Juracy morreu durante incêndio possivelmente criminoso, no bairro da Pedreira.
Uma testemunha, temendo represálias, preferiu o anonimato e comentou que este seria o sétimo crime que está sendo vítima a família do Cabo Ferrugem, que tem rixa antiga com outra família moradora do bairro, a qual já teria perdido quatro membros nesta “guerra”.
É bem provável que a Divisão de Homicídios assuma a investigação dado a complexidade que requer o caso, antes mesmo que outros membros das duas famílias venham ter o mesmo fim de Raimundo Juracy, executado com uma pistola ponto 40 de uso exclusivo das forças de segurança. (Diário do Pará)